quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Diógenes, o Cínico


Conta-se que nos arredores de Atenas, vivia um homem chamado Diógenes. Morava em um barril, e não possuía mais nada a não ser uma túnica, um cajado e um embornal de pão. Para ele, a felicidade não dependia de fatores externos como o luxo, o poder político e a boa saúde. A verdadeira felicidade consistia em se libertar do que é efemero. Ria-se dos vicios e luxúrias sociais, indiferente quanto às instituições e a civilização corrupta. Buscava uma vida modesta, natural, apreciando a natureza e as coisas simples, nada mais do que o necessário: era autossuficiente.
Certo dia, Alexandre, o Grande passeava pelos arredores de Atenas, acompanhado de sua guarda oficial, quando avistou Diógenes. Os oficiais riram e zombaram. “Vejam aquele homem louco, um mendigo preguiçoso!”. No entanto, Alexandre, que na Macedônia havia sido aprendiz de Aristóteles e sabia reverenciar os grandes filósofos, aproximou-se de Diógenes e lhe perguntou se tinha algum desejo e que, se tivesse, seria imediatamente realizado. Diógenes ergueu sua cabeça, e disse simplesmente: “Sim, desejo que te afastes da frente do meu sol”. Nesse momento, Alexandre percebeu que Diógenes era mais rico e feliz do que ele, pois tinha tudo o que desejava.
Na volta, vendo que os soldados ainda zombavam de Diógenes, Alexandre lhes disse:
"Se eu não fosse Alexandre, o Grande, desejaria ser Diógenes de Sínope."       



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Tempos difíceis estão por vir, e em breve, teremos que escolher entre o que é certo, e o que é fácil - Alvo Dumbledore